Livros


REGRAS PARA SE FAZER O POEMA VARANO

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Esqueci Sebastiana

Procurei Sebastiana,
mas quem veio foi Tião.
Procurei Sebastião,
quem encontrei foi Tiana.

Nessa confusão danada,
não falei foi com nenhum.
Tentei uma e tentei um,
tentei tudo e deu em nada!

Resolvi chamar Tunico,
pra me ajudar na questão,
mas quem veio foi o irmão,
um tal chamado Mundico,

Que disse também saber
o que seu irmão sabia,
mas eu não compreendia
o que ele queria dizer...

Tentei de novo o Tião,
me atendeu Sebastiana,
que foi chamar a Tiana,
pra buscar Sebastião.

Já estava de saco cheio,
mais enrolado que só!
E pra desatar o nó
chamei um, só veio meio!

Decidi partir pra briga
pra pegar Sebastiana,
mas Tião trouxe Tiana,
que não queria intriga.

Segurei Sebastiana,
dei u’a rasteira em Tião,
derrubei Sebastião
e me abracei com Tiana!...

Aí foi chegando o Mundico,
procurando seu irmão.
Tentei dar-lhe um safanão,
mas acertei no Tunico!

.........................................
Fui-me embora com Tiana,
deixei lá o Sebastião,
Tunico, Mundico e irmão,
mas naquela confusão,
esqueci Sebastina!...
...Oh! Sebastiana, perdão!...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Aniversariante

Quero desejar a todos que acessam este blog, principalmente, aos queridos fiéis seguidores, um Natal de muita paz e um 2011 de venturas infindas, extensivos às suas queridas famílias.

Já virou hábito e as pessoas me pedem,
Sempre que chega um outro Natal,
Para que escreva (elas não conseguem).
Não que não queiram ou mesmo se neguem,
Não que não tenham algo a que se apeguem,
Não levam jeito... Nem fazem por mal.

E eu fico, às vezes, interrogativo:
O que é essa festa, para muita gente?
São coisas fúteis, bobas, sem sentido
Ou são verdades de bens concebidos,
Que calam fundo, mas não são mexidos,
Não geram árvores, morrem sementes?...

E me pergunto: Por que festejamos,
Se já esquecemos qual é a razão?
Não vale a pena tudo o que enfeitamos,
Nem os presentes belos que compramos,
Frases bonitas, brindes que trocamos,
Ganhamos quase tudo... E tudo em vão?

Será Noel, o velhinho barbudo?
Será estória, lenda ou tradição?
Quando criança, sonhamos com tudo,
Nos esforçamos mais, em nosso estudo,
Na esperança de sermos sortudos,
Na ingenuidade da doce ilusão.

Melhor seria se as pessoas pudessem
Voltar a dois mil anos — ver Jesus,
Levar os doentes que aqui padecem,
Curar aqueles que assim merecem,
Reavivar as flores que fenecem
E dar aos cegos a Divina Luz.

“Mas Ele está aqui, Ele está vivo!”
MOTIVA o Pároco, num tom VIBRANTE !
.........................................................
Façamos, pois, então, desse motivo,
Não um folclore puro ou emotivo,
Mas sim um leme forte e diretivo,
POIS,  É  JESUS  O  ANIVERSARIANTE !

       ( Do meu livro: Poesia em Vários Tons )

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Rosa-Mulher

Tão meiga,
Tão bela,
Formosa,
Dengosa,
Tão linda mulher!

Tão doce
Sorriso!
Te miro,
Suspiro,
Ó meu mal-me-quer!

Ó ingênua donzela,
De encantos tão raros,
De negros cabelos,
Teus suaves pelos
Eu quero afagar!

Teu corpo desnudo,
A se retorcer,
Em rúbido manto...
Deliro de encanto
E o quero beijar...

Teus olhos
Profundos,
Brejeiros,
Ligeiros,
Espelhos ao luar!

Tua pele
Macia,
De rosa
Mimosa,
À beira do mar!

Teus lábios em flor,
A boca entreaberta,
Em noites de lua,
Beijando, na rua,
Em hora qualquer...

São preces de Musas,
Poemas de amor,
Suaves ternuras,
Carinhos, doçuras,
Ó Rosa-Mulher!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Um bom Livro é um Presente para toda a Vida!

Presenteie a quem você ama ou tem muita estima.
Para comprar VOZES DA POESIA:
selecione, na aba à esquerda, 'poesia', está em ordem alfabética.
http://www.biblioteca24x7.com.br/ ou http://www.amazom.com/ ou http://vozesdapoesia24x7.blogspot.com/
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tempos de infância

Na casa de minha avó,
Nos tempos de minha infância,
Que o tempo leva em distância
E que não voltam jamais,
Naqueles dias de rosas,
Eu brincava na amoreira,
Saltava sobre a fogueira,
Que o tempo as cinzas me traz!...

No quintal da velha casa,
Havia um pé de caju,
Ao lado de um pé de imbu,
Onde eu me punha a brincar!...
Tudo era puro e tão bom!...
Havia figos gostosos,
Imbus, cajus saborosos,
Naquele velho pomar!...

A meninada sadia,
Risonha, alegre e feliz,
Nos folguedos infantis,
Encantava a minha avó,
Ora fazendo arruaças,
Tirando frutas maduras...
- Pequeninas criaturas...
Éramos todos um só!...

.............................................
Daqueles tempos tão lindos,
Aquela infância querida
Voou nas asas da vida
E em nuvens se transformou!
Agora, vaga nos longes...
Bem longe daquela terra,
De que a lembrança ainda encerra
O que o tempo lá deixou!...

(Do meu livro: Poesia em Vários Tons)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Trovas natalinas

Que o Natal seja pra nós,
cheio de paz e de luz.
Por certo, não estamos sós,
nasceu o Menino Jesus!
             x  x  x
Muita paz neste Natal,
com saúde e com amor.
Deus bondoso e magistral
nos deu Jesus Salvador!
             x  x  x
Lembremo-nos nesse instante
que Deus nos mandou Jesus
- hoje o Aniversariante –
pra nos salvar pela cruz!...
            x  x  x

Pense no Anjo Gabriel
aparecendo a Maria...
Não anunciou Noel...
Jesus é que nasceria!...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Cupido Camarada

Uma flecha do Cupido
triscou no meu coração
errou por ter escolhido
quem já tem uma paixão

Cupido logo voltou
e me tirou do dilema
pega as duas – ele falou
pois não haverá problema!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Não Hesite ! (Pensamento)

Ter dúvidas, hesitar, não arriscar, pode gerar os maiores desejos, enquanto destrói merecidas ambições.

Pedaços de nós dois

Por onde você anda?... Há tempos não a vejo...
Aquela foto antiga está descolorindo,
se torna agora tênue imagem, se esvaindo...
Já não reflete o brilho do que foi desejo...

Por onde andam os pés que um dia aqui andaram?...
E o sorriso terno e meigo onde andará?
E o pensamento sempre igual ao meu?... Sei lá...
Onde andam aquelas mãos que um dia me afagaram?...

Parece que sua sombra ainda anda por perto,
mas já não é o oásis desse meu deserto...
Não há mais o jardim... Nem flores... Nem botões...

Veio uma tempestade forte que assolou,
abriu uma fenda enorme e em mágoas enterrou
pedaços de nós dois e nossos corações...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ausência

Cai a cortina do dia
Com ela vem a saudade
Que tua lembrança irradia
Numa ausência que me invade...

Essa ausência rotineira
Que me invade e me entristece
Fica em mim a noite inteira
Me deixa quando amanhece...


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Reza de Praxedes de São José

Praxedes, era homem justo,
homem de bom coração,
um dia levou grande susto
depois de uma oração.

Morava numa casinha,
lá no meio da caatinga,
e a água que ele tinha
mau enchia sua moringa...

A irmandade reunida
pedia para chover
- prece não correspondida -
Até ele aparecer.

Ele saiu pro terreiro,
gritou com seu vozeirão
“aqui quem fala é um vaqueiro
de um povo em precisão.

São Pedro, você me escute
abra a torneira do céu
se me negar, desça e lute
só vou pegar meu chapéu”.

Quando acabou de gritar,
entrou que nem um bufão
e antes dele voltar
ouviu o primeiro trovão!

A irmandade correu
pra rezar pedindo chuva.
Praxedes, do jeito seu,
gritou é chuva viúva!

Começou ele a xingar,
mesmo seguindo a oração.
Com São Pedro iria brigar,
caso  houvesse negação.

Foi então que a chuva ouviu   
os pedidos de agonia...
E da caatinga partiu
o canto da cotovia...

Mas foi tanto o desespero,
que a reza passou da conta
e choveu em destempero
chuva forte que amedronta!

Seu Praxedes não sabia
nem mais o rumo de casa,
pois casa já não se via,
nem boi... Só bicho de asa!

Com muita dificuldade,
seu Praxedes se lançou,
rezou pela irmandade
e nadou, nadou, nadou...

A chuva banhou o cerrado,
alagou lá na caatinga
e deixou o povoado
mais parecendo restinga!

Mas chuva assim quem agüenta?
- Praxedes esbravejou -
ou é oito ou é oitenta!
Falando assim completou.

Daquele dia então,
Praxedes, homem de bem,
louva a Deus em oração
e a São Pedro também!

Mas faz questão de frisar,
para sua irmandade,
pra quando pedir no orar,
respeitar a santidade.

Agora todos conhecem
a reza do seu Praxedes:
Só pede o que eles carecem,
na dose que não excede.

.....................................
Eu que não morava lá
e estava só de passagem
fico lembrando de cá...
Que interessante viagem!

Nunca vi reza tão forte
e povo com tanta fé!
Praxedes mudou a sorte,
do povo de São José!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Perguntas reticentes...

Aonde vamos nós,
sem mais gentileza,
vivendo a barganha,
no vácuo incerto,
brutal e deserto,
da indelicadeza?...

Aonde vamos nós,
no rastro inclemente
de uma sociedade
repleta de enganos,
sem rumo, sem planos,
algoz consciente?...

Já é escasso o favor,
não se ouve o obrigado
não se cumprimenta...
Perdeu-se o valor...
Perdeu-se o amor...
Perdeu-se o legado!...

Aonde vamos nós,
sem voz ou arremedo,
pedindo socorro
ao pouco que resta
de um tempo de festa,
vivido sem medo?...
Aonde vamos nós?...

..................................
Aonde?...
Para onde?...
Viveremos a sós?...
Onde estaremos nós?...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Chuva

Chove, chuva,
em nossos corações
chuva de esperança
chuva de bondade
misto de alegria
som de nostalgia
chuva de saudade...

Chove, chuva,
banha as ilusões
e também os sonhos
inunda as paixões
belas e brejeiras
como as amoreiras
lá dos meus rincões...

Chove, chuva,
deixa a opacidade
desse acinzentado
cobrir a cidade
lavar os telhados
e lavar as ruas
com suas vidas cruas
cheias de passado...

Chove, chuva, chove...
faz brotar botões
vem tingir de verde
verde de esperança
os novos pendões
como na lembrança
de tantas andanças
lá dos meus sertões...
Chove...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Motosserra

Não cortem aquela árvore,
ao invés, plantem duas, tres, ou muito mais!

A motosserra assusta a fauna e a flora
e aos gritos de socorro segue muda.
Agride a todos e destrói o mundo,
- que, em desespero, grita por ajuda -
e vai mandando abaixo, em um segundo,
a árvore indefesa que ali chora...

Destruição passada em cartório,
lucro sem perdas de um lado só,
enchendo  cofres, segue sem  pudor...
Ao ceifar vidas sem piedade ou dó,
ela já escreve, em sangue verde e dor,
- por ironia - seu próprio velório!...

sábado, 20 de novembro de 2010

Barra de Guaratiba

                                   
Guaratiba, Guará, terra do peixe.
Seja qual for o jeito que alguém chame,
Não há quem te visite e que se queixe,
Quem te respire e que depois te deixe,
Sem que te beije e diga que te ame.

Nos dias quentes, peixe frito é lei
(Acompanhado de uma cervejinha).
Pratos, sabores, tantos que nem sei.
O bom gastrônomo se sente um rei
Enaltecendo tua boa cozinha.

Chega o inverno e tudo continua
Nas agradáveis tardes de ar  puro.
Em ti  o  passado a  vida  perpetua,
Num paradoxo entre o sol  e a  lua,
Entre o vislumbre de um mesmo futuro...

Nada muda! Pra quê? Que seja assim!
Essa estesia acalma os corações.
Que continue o mangue e as garças, sim!
Praias, montanhas, bares... Botequim,
Lindas mulheres, violões, canções...

Da  natureza  essa  maravilha,
Que bem faz jus ser berço da poesia,
Se espraia onde a lua paira e brilha:
De um lado a Pedra, do outro lado a Ilha,
No meio a Barra    vista que extasia!

Barra de Guaratiba é, pois, assim.
Seus manguezais  com belos caranguejos,
Um mar sereno, a praça com jardim,
Montanhas, escarpas, trilhas sem fim...
E um pôr-do-sol  de sonhos e desejos!...

(Do meu livro Vozes da Poesia)
http://www.biblioteca24x7.com.br/ (busque pelo nome do autor Ineifran Varão)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Barco de Papel

Sonhava, quando criança, ter um barco
Brincava neles, via-os nos rios...
Brincava de índio, usava flecha e arco.
Com flecha tirei manga em desafios!

Atravessava os rios em gamela,
nadava como peixe desde cedo!...
Hoje meu mundo o vejo da janela
e o meu rio... É um Rio que dá medo!...

Esperançoso, ainda tenho o sonho
de um barquinho mesmo que pequeno,
azul e branco, pintado a pincel...

Vem-me a lembrança e sinto-me tristonho...
Meu Rio não é mais um rio ameno...
E o meu barco é frágil, é de papel...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um bom Livro é um Presente para toda a Vida!

Presenteie a quem você ama ou tem muita estima.
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Um Tal de Zeferino

Esse tal de Zeferino
vem desonrando o Nordeste.
Dizem que desde menino
ôch...! Rouba que nem a peste!

Vou pegar minha viola
vou enfiá-la no saco.
Zeferino e sua sacola
vão fazer mais um buraco.

Começou sua excursão,
com impunidade e coragem.
Vai roubar mais que ladrão...
Começou a sacanagem!...

Não dá mais para aturar
Zeferino na política.
Vou voltar a criticar...
Jurei não mais fazer crítica...

Mas esse cara é turrão,
rouba e é cara de pau.
Deve ter trunfo na mão,
quem sabe, com outro Lalau...

Resete

Ressete os maus pensamentos
e aos bons, dê-lhes um boot.
Não torne a vida um tormento.
Mire nos maus e dê um chute!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

As Curvas do Caminho (Glosa)

Quando lembro das curvas do caminho,
sinto a voz embargada de emoção.

Caminhei sete léguas de estrada,
para ver u'a beleza diferente!                   
Era um branco brilhando ao sol nascente,      
igual nuvem no céu esparramada.
Não se via nem galhos nem ramada,
só o branco cobrindo aquele chão,
era um belo plantio de algodão,
bem cuidado com zelo e com carinho...

Quando lembro das curvas do caminho,
sinto a voz embargada de emoção.

Continuei caminhando chão a dentro,
esquecendo do tempo e da vida,
e esquecendo da hora da partida,
já entrara talvez até o centro.
Nesse mar de algodão junto a um rebento,
encontrei, num lugar longe do chão,
um chumaço sedoso de algodão,
acolchoando um repuxo que era um ninho...

Quando lembro das curvas do caminho,
sinto a voz embargada de emoção.

Encontrando a saída, vi a estrada
e a curva que eu via ainda menino.
Vi a mão que apontava o meu destino
e um vulto mostrando-me a entrada.
Quase em transe entre a cruz e a espada,
dei um salto e me dei um beliscão!
Tudo aquilo era só imaginação...
Abracei meu cantil e bebi vinho...

Quando lembro das curvas do caminho,
sinto a voz embargada de emoção.

Retornei do passeio que fazia,
com a alma lavada e muito leve.
Vi que é fácil vagar inda que breve,
pois viajei ao passado por um dia.
Sete léguas que andei ainda andaria,
nas estradas e curvas desse chão...
Levaria, de todo o coração,
as pessoas que tenho com carinho...

Quando lembro das curvas do caminho,
sinto a voz embargada de emoção.

(do meu livro Poesia em Vários Tons) - Visite o site www.ineifran.recantodasletras.com.br

domingo, 14 de novembro de 2010

Ânsias

Anseio pelos olhos seus, distantes,
Luzindo sob o escuro e triste manto,
Que abraça e envolve a terra em noites frias!

As minhas ânsias voam como o vento,
Buscando a rosa rubra dos seus lábios,
Na ausência fria e insana dos seus beijos...

O meu desejo uivante em desespero,
Chora, buscando as folhas desgrenhadas,
De sua frondosa e vasta cabeleira,

Suplica aos loiros cachos que lhe pendem,
Para beijar os pomos cor de vinho,
Que apontam da nudez de sua beleza!...

...............................................................
E, em minhas ânsias... Ânsias de revê-la,
Adejo qual o vento nas colinas,
Pouso no alto dos montes, junto ao céu,
Sorvendo o ar que ela expira de tão longe!...

E as ânsias minhas – Oh!... As minhas ânsias loucas
São vagas cor da lua, vagas de tristezas,
Deitando, em minha praia, espumas de agonia!...

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sábado, 13 de novembro de 2010

Amor de Caboclo

Montei na égua Branquinha,
voei de dentro da baia,
para alcançar Mariquinha
- só vi a ponta da saia!

Me embrenhei naquele mato
sem nem saber o caminho
fui seguindo o meu olfato
em busca daquele ninho.

Ligeira e bem despachada,
Mariquinha, meu amor,
já me esperava deitada...
debaixo de um pé de flor...

UMA PIADINHA

TREM CAIPIRA

Uma mulher estava esperando o trem na estação ferroviária de Varginha,
quando sentiu uma vontade de ir urgentemente ao banheiro. Foi....
Quando voltou, o trem já tinha partido. Ela começou a chorar.
Nesse momento, chegou um mineiro, compadeceu-se dela e perguntou:
- Purcaus diquê qui a sinhora tá chorano?
- É que eu fui urinar e o trem partiu....
- Uai, dona! Por caus dissu num precisa chorá não, uai...
tenho certeza bissoluta qui a sinhora já nasceu com esse trem partido....

Um Predestinado Trapalhão

Episódio I

Era uma vez - duas, tres e várias outras – um sujeito muito engraçado, que acho não sabia que o era. Uma pessoa que, se algum mal fez a alguém, creio que foi sem querer.

Na sua simplicidade, às vezes, parecia ser o cara mais ingênuo do mundo. Media um metro e sessenta e cinco, se tanto, cabelo bem preto e um pouco encaracolado, branco azedo, cuja tonalidade de pele podia ser confundida facilmente com a de uma vela, pesava uns 70 quilos, barriga proeminente, barba, bigode e grossas sobrancelhas. Seu estilo de corte de cabelo era o “à vontade”, cortado de dois em dois meses, por economia. Seu andar lembrava o daqueles “deixa-que-eu-chuto”, isto é, que têm uma perna mais curta do que a outra. Não era bem o caso dele, pouco mancava, mas sua cabeça normalmente pendia para um lado, como se o centro de gravidade estivesse ligeiramente deslocado para aquele lado.

Esse rapaz gostava de fazer filmagens de casamentos, aniversários e outros eventos, geralmente modestos ou de pessoas conhecidas. Alguns atribuem a inclinação de sua cabeça ao uso frequente de sua pesada filmadora – a popular máquina de filmar - sempre usada no mesmo ombro.

Ele dava preferência a eventos que tivessem bastante “comes-e-bebes”, dizia. Infelizmente, para ele, ou felizmente, para seus clientes eventuais, suas filmagens não foram adiante. O motivo aparente foi que, muitas vezes, as pessoas filmadas apareciam, ora sem os pés, ora sem suas cabeças! Eu explico: O rapaz tinha um cacoete: gostava de sentar-se com as pernas esticadas e cruzava e descruzava os pés a todo instante. Agora, passara a fazê-lo também em pé. A cada cruzada ou descruzada, um giro na câmera. Em sua ingenuidade, até hoje ele não sabe explicar porque os “clientes” sumiram.

Nas suas andanças, cheias de situações pitorescas, nosso personagem foi parar em uma empresa de telecomunicações. Passou a ser técnico. Lá, continuou a fazer história.

Conta-nos um de seus colegas que, certa vez, vinham os dois conversando animadamente por uma rua do Rio, quando o animado diálogo transformou-se em um monólogo. Agora tenho que dar nomes aos bois. O rapaz chamava-se Júlio, para os colegas, Julinho. Seu companheiro nesse episódio era o não menos carismático Nolasco que, ao andar uns cem metros falando, gesticulando e dando risadas da estória que contava, percebeu que seu amigo Julinho não mais estava dando suas risadas ritmadas, mais parecidas com o som, ora de um surdo (o tambor), ora de um repinicador (também um tambor).

Nessa hora Nolasco tomou um susto! Cadê o Julinho! Olhou pra todos os lados e não viu o amigo. Decidiu voltar para tentar encontrar o dito cujo. Gritava Julinhooooo! Dava uma pausa, para ver se tinha retorno, e gritava de novo.

De repente, ouviu uma vozinha, um pouco apagada, mas com um tom de desespero. Foi assuntando, assuntando e chegou lá.

Julinho, distraído com a conversa, havia caído em um bueiro sem tampa, no meio da rua. Logo, juntou-se ali uma pequena multidão de curiosos e prestativos transeuntes que ajudaram o rapaz a sair de dentro do bueiro, todo sujo e fedendo a esgoto.
Já então são e salvo, foi direto à empresa, para tomar um banho e, de passagem, impregnar a todos com seu cheiro insuportável de merda.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A Lágrima

A lágrima é a parte de nós que se esvai,
quando sentimos o aperto da emoção,
da tristeza, da alegria.
Ela leva o que perdemos, quando tristes...
Leva o que sobra da emoção, quando alegres...
Abranda a dor, quando a sentimos...
Revigora o amor, quando amamos...
É parte dos nossos três quartos de líquido.
A lágrima somos nós nos derretendo,
no fluir de nossas emoções, dores e alegrias.
É um escape, uma janela.
Ela faz bem a quem chora e chorar a quem a vê.
Chore, transcenda seu corpo, sua alma... Isso é ser você...
Uma pessoa humana verdadeira e bela!...
                 
         

sábado, 6 de novembro de 2010

Figa Importante

Mandei fazer essa figa
Que carrego no pescoço
Pra nunca fazer barriga
Em mulher de outro moço !
           Siga http://vozesdapoesia24x7.blogspot.com/
           Visite www.ineifran.recantodasletras.com.br

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O coco e a cocada (trova)

Vi o coco e a cocada
Conversando alegremente.
Ele cru, ela queimada,
Mas mesmo assim sorridente!

Ele branco e sem doce
Ela já toda melada
Pediu a ele que fosse
Buscar uma água gelada.

 no meio da viagem
Ele encontrou um facão
E alguém cheio de coragem
Querendo descer a mão!

O coco como era esperto
Rolou pela ribanceira
Trouxe a cocada pra perto
Lambuzou a casca inteira

E o facão quando baixou
Resvalou no lambuzado
Bateu na terra e pulou
E nunca mais foi achado

Naquele dia então
Cocada e coco, os dois juntos,
Quase entraram no facão
Mas não viraram defuntos!