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REGRAS PARA SE FAZER O POEMA VARANO

terça-feira, 7 de maio de 2013

MÃE...



De sóis, de luas
Lares e ruas
Cores e praças
Todas as raças
... Calas na dor!

Sorris e choras
Todas as horas
Todas as dores
Ó mãe d’amores
... Tu és puro amor!

Rendo-te um preito
Bendigo o peito
Que a humanidade
Na tenra idade
... Suga o vigor!

Aqui ou ao léu
Tu és nosso céu
Tão doce e caro!
Tu és nosso amparo
... Mais linda flor!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O ENCANTO DE AÇUCENA (glosa)


Foi na poeira da estrada de piçarra
Que uma vez avistei o rosto dela!

Era um dia de sol, bem no verão,
Na mistura vermelho-amarelada
Da poeira cobrindo aquela estrada
Que primeiro assustei meu coração...
Vislumbrei a açucena do sertão
Debruçada, sozinha na janela!
Era a coisa mais linda... Era tão bela!
Mais suave que a flor de uma alcaparra...

Foi na poeira da estrada de piçarra
Que uma vez avistei o rosto dela!

Num sorriso velado ela mostrava
Todo o encanto que havia ali guardado...
Seus cabelos dançavam num bailado,
Quando o vento de leve ali soprava...
Parecia visagem – eu pensava.
Abaixei-me e colhi pra dar a ela
Uma flor perfumada e amarela
... Encantou-se – a açucena – em linda jarra!

Foi na poeira da estrada de piçarra
Que uma vez avistei o rosto dela!

Nessa jarra encantada ela ficou
E eu não mais pude ver flor de açucena,
Muito embora, ao soprar, a brisa amena
Espalhasse o perfume que ela usou,
Pouco antes de quando se encantou!...
Eu faria de tudo por aquela
Que a lembrança arde em mim qual fosse vela
E num laço de amor ainda me amarra...

Foi na poeira da estrada de piçarra
Que uma vez avistei o rosto dela!