Pelas ruas onde passo,
Nos dias em que o mormaço
Deixa o céu acinzentado,
Bate uma saudade louca,
Que resseca minha boca...
Volta-me todo o passado...
Era mormaço e, outrora,
Tão amante quanto agora,
Vi Mariquinha sorrir...
Usava roupa de chita,
Era uma moça bonita!
Era o presente e o porvir...
Parei em frente a sua casa
Mandei um “pombo-sem-asa
- Um bilhete escrito a mão;
Nele eu perguntava a ela,
De uma maneira singela,
Se queria meu coração!
Num piscar de olho, ela,
Debruçada na janela,
Deu-me um sinal - disse sim...
De pronto, naquele instante,
Fui a um jardim não distante,
Peguei pra ela um jasmim...
Mariquinha tão faceira
Veio pra mim na carreira,
Correndo pra me abraçar...
Pulou na minha cintura,
Escanchou-se e, com loucura,
Começamos a beijar...
Daquele dia em diante,
Eu e ela, dois amantes,
Éramos um de dois ‘eus’!
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Hoje lembro, com saudade,
Cada rua da cidade...
De onde um dia eu disse adeus...
linnnnnnnda...bjuuu
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