Desceu chuvarada cobrindo o sertão,
Peguei meu cavalo, toquei a boiada,
Na estrada de terra, já toda alagada,
Sujei a perneira e até meu jibão,
Bem feito de couro, curtido na mão...
O gado na chuva parece gostar;
Vai ter muito pasto pra ele pastar...
Deixei a boiada e toquei meu berrante!
Saudoso, ecoou na colina distante
... Parti a galope pra beira do mar!
Deixei a boiada a salvo no pasto;
Dez dias corridos, mais de uma semana...
Lembrei com saudade da minha choupana...
Mais de uma semana é o tempo que eu gasto,
Pra ir e voltar nesse mundo tão vasto!
Vou ver minha amada, que está a me esperar...
Saudade do gado e saudade de amar!
De folga da lida vou ver meu amor,
Pegar meu cavalo, do campo umas “flor”
E vou galopando pra beira do mar!
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